Crise no Palmeiras? O momento do Verdão – Parte I
Seu passado te condena!
O atual
momento da Sociedade Esportiva Palmeiras tem rendido bons debates, não apenas
entre os torcedores palmeirenses, mas também entre torcidas rivais e membros da
imprensa em geral. Quem acompanha de perto o clube sabe que o que estamos testemunhando
hoje nada mais é que o desfecho de situações que já vêm ocorrendo há algum
tempo e que não receberam a atenção merecida por parte dos responsáveis pelo
clube.
Podemos
dividir os problemas que enfrentamos hoje em dois grupos: os problemas causados
pela péssima comunicação do clube e dos seus dirigentes com a torcida
alviverde; e os problemas causados pela péssima visão administrativa e de
negócios da gestão atual.
No primeiro
grupo estão incluídos os problemas de comunicação que vemos nas redes e mídias
sociais do clube, que apesar da melhoria que tiveram ainda deixam muito a
desejar em termos de informação para o torcedor. E incluo também a péssima
comunicação da administração e a falta de transparência em relação às
informações internas do clube que são de interesse dos torcedores.
Mesmo
estando presente em todas as principais redes sociais e apesar de ter o seu
próprio canal no YouTube, o Palmeiras ainda deixa a desejar quando o assunto é
informar o torcedor. As redes oficiais do clube são usadas muito mais como ferramentas de marketing que tentam vender a imagem idealizada pela administração
do clube, do que como ferramentas de comunicação para informar o torcedor a
respeito de assuntos relevantes envolvendo o Palmeiras. Além disso, as redes sociais deveriam ser tratadas como vias de comunicação de mão dupla, que permitissem aos palmeirenses em geral
interagir e ter um relacionamento mais próximo com o seu clube do coração.
Apesar do slogan
“Palmeiras de Todos”, a experiência diária mostra de forma inequívoca que nem
todos estão incluídos nesse “Todos” do slogan. O clube se mostra extremamente
fechado em relação aos seus torcedores e nem mesmo a mídia alternativa
palmeirense consegue acesso adequado a informações internas do clube.
Obviamente
existem informações que não podem ser reveladas, por motivos diversos, e não é
a essas informações que me refiro. Estou falando de informações básicas, como por
exemplo, um maior detalhamento dos treinos diários das Palestrinas, a exemplo
do que ocorre com os treinos do elenco masculino principal. Este é apenas um
exemplo.
Ao
contrário do que afirmou o diretor de futebol do Palmeiras naquela coletiva
desastrosa, no período de silêncio da comissão técnica o Palmeiras não divulgou
aos torcedores informações técnicas a respeito dos jogos disputados naquele
período. Ficamos sem entender muitas das decisões tomadas pela comissão técnica
à beira do gramado. Como torcedores e apoiadores que somos, queremos entender
tudo o que se passa com o nosso time, e temos este direito. Sonegar informações
e exigir uma confiança cega não é algo que os dirigentes do Palmeiras ou
qualquer um que trabalhe no clube tenha o direito de fazer.
E por falar
em entender decisões, chegamos ao segundo grupo de problemas, que são resultado
da péssima visão administrativa da gestão atual. Somados aos problemas de
comunicação, os problemas da gestão fizeram com que a situação do Palmeiras chegasse
ao ponto em que está. Neste artigo quero focar na falta de comunicação e como
ela contribuiu para este momento pelo qual passamos.
A atual
presidente do clube fez inúmeras promessas durante a sua campanha como
candidata da situação. Por ser candidata única, não precisava fazer tantas
promessas. Até porque a maioria das promessas que fez foi direcionada aos
torcedores comuns, aqueles que não têm direito a voto na eleição para a
presidência do clube. Tais promessas serviram mais como ferramentas de promoção
pessoal do que ferramentas eleitorais.
Passada a
eleição e a posse, tudo mudou e até hoje não entendemos de forma clara o porquê
de várias promessas não terem sido cumpridas. A presidente não considera
importante dar uma satisfação aos palmeirenses, os mesmos aos quais ela
direcionou suas promessas, e ainda espera que todos aceitem a quebra das
promessas sem questionar.
Entendo que
a gestão de um clube de futebol do porte do Palmeiras não seja tarefa fácil.
Mas também entendo que aqueles que se propõem a assumir tal tarefa devem não
apenas estar cientes do tamanho da responsabilidade que pretendem assumir, como
também deverão estar cientes que serão cobrados por resultados, como ocorre com
qualquer profissional. Não é porque se trata de um clube de futebol que aqueles
que lá trabalham não serão cobrados.
Se a atual
gestão tivesse uma boa comunicação com a torcida e expusesse os motivos que não
permitiram o cumprimento das promessas, muitos problemas seriam evitados e
muitas das cobranças que tem sido feitas não seriam necessárias. Até porque a
torcida estava ao lado da presidente e foi o desprezo dela às indagações que
foram feitas pela torcida que aos poucos minou o amplo apoio que ela tinha.
Falou-se e
ainda fala-se muito na situação financeira do Palmeiras. E mais uma vez a falta
de uma comunicação clara e objetiva sobre o assunto leva ao surgimento de
especulações e cobranças que seriam evitadas se o torcedor palmeirense fosse
minimamente informado a respeito das finanças do clube ao qual ajuda a
sustentar com o dinheiro que paga pelos ingressos (nada baratos), camisas
(caríssimas), programa de sócio torcedor, entre outras formas de contribuição.
Quem investe o seu dinheiro tem o direito de saber o que está sendo feito com
ele. Se o Palmeiras tem problemas financeiros, temos o direito de saber qual a
gravidade da situação.
No início
da atual gestão foi anunciada uma auditoria independente nas contas do clube e
até hoje desconhecemos os resultados dessa auditoria. A meu ver tal omissão de
informações se deve ao fato da presidente usar o resultado da auditoria como
arma política, mantendo os seus desafetos em suas mãos, permitindo ter a
maioria do Conselho Deliberativo a seu favor. E ninguém pode me criticar ou condenar por chegar a esta conclusão, pois não há informações disponíveis sobre o assunto que me permitam uma conclusão diferente.
Como já
afirmei em outras ocasiões, o equilíbrio financeiro é importante e não pode ser
desprezado. Porém, a busca por este equilíbrio não pode deixar de lado aquilo
que é o motivo da existência do Palmeiras: o futebol. Deixar de investir de
forma adequada no futebol é tornar mais difícil qualquer equilíbrio financeiro,
já que a falta de investimentos no futebol tira a competitividade do time e
dificulta a conquista dos títulos que trarão premiações e outros investimentos
úteis para o alcance do equilíbrio financeiro. Economizar através da redução de
investimentos no futebol acaba se tornando uma economia porca.
Se decisões
envolvendo investimentos no futebol se mostraram equivocadas, que sejam corrigidas.
Se há profissionais a serviço do clube que não apresentam os resultados
esperados, que sejam substituídos. O que não se pode é adotar uma postura
passiva diante dos problemas que estão se acumulando e estão contribuindo para
o atual momento de turbulência, que se não for bem conduzido poderá gerar uma
crise de grandes proporções, acabando de vez com o momento mágico que nós
palmeirenses estávamos vivendo com o nosso Palmeiras.
Comunique-se
e trabalhe mais, diretoria! Assuma os seus erros e faça o que for necessário
para corrigi-los. Se necessário substitua os profissionais incompetentes por
outros que tenham a competência e expertise necessárias ao exercício das suas
funções.
Aprendam
com os erros do passado, lembrem-se dos erros cometidos e não tornem a
cometê-los. Promessas foram feitas e não foram cumpridas. Aquela que se auto intitulou
procuradora da torcida simplesmente se esqueceu daqueles a quem deveria
representar. Trouxeram reforços que não vingaram mostrando que há um sério
problema em nosso departamento de scouting. Falharam em praticamente todas as
negociações em que se envolveram e fomos humilhados por times menos favorecidos
que conseguiram contratar jogadores que eram do nosso interesse, mas que não
tivemos a competência de contratar.
O que está
acontecendo? Queremos saber e temos todo o direito e legitimidade para
perguntar e exigir não apenas respostas, mas também providências e soluções.
Que fique
claro: o Palmeiras está acima de todos nós. E não permitiremos que pessoas
egocêntricas ou incompetentes prejudiquem o clube e manchem a sua gloriosa
história.
Continua
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A REALIDADE MEU AMIGO É QUE DESDE QUE A LEILA ASSUMIU O PALMEIRAS NUNCA FOI DE TODOS , OS MAIS HUMILDES SOFRE MUITO COM ESSA FORMA DE AGIR DA NOSSA PRESIDENTA .
ResponderExcluirIsso é verdade!
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