As mulheres trans nos esportes femininos
Hoje, oito
de março, é o Dia Internacional da Mulher. Instituido pela Organização das
Nações Unidas em 1975 e comemorada em mais de 100 países, a data busca celebrar
as conquistas das mulheres em diversas áreas da nossa sociedade, como na área
dos Direitos Civis, Direitos Trabalhistas, entre outras áreas. No esporte, as
mulheres também conquistaram o merecido espaço e respeito.
Foi
necessária muita luta e determinação de mulheres do passado para que as mulheres
da atualidade possam usufruir de direitos que hoje parecem naturais, mas que
foram conquistados a duras penas.
É por
valorizar essas conquistas das mulheres que hoje vou abordar neste breve artigo
um tema polêmico e que certamente despertará as mais variadas reações. Já quero
deixar claro que não apoio o feminismo, principalmente este que vemos militando
hoje.
A questão
das mulheres trans nos esportes femininos tem dado o que falar. E não é pra
menos. Pra compreendermos melhor a situação, é necessário que fique claro que
mulheres trans não são mulheres, biologicamente falando. Do ponto de vista da
biologia, existem apenas dois gêneros, masculino e feminino, com o ser humano
possuindo 23 pares de cromossomos e dentre estes, um par que determina o sexo biológico
dependendo da combinação, podendo ser XX para as mulheres ou XY para os homens.
As mulheres
trans são, de uma maneira simples, homens biológicos que por motivos diversos
resolveram mudar de gênero, assumindo uma identidade feminina. E com essa nova
identidade feminina, estas mulheres trans querem ter os seus direitos
reconhecidos pela sociedade, incluindo o direito de disputar com mulheres
biológicas nas diversas categorias esportivas femininas.
É claro que
todas as pessoas devem ter os seus direitos respeitados pela sociedade e a
questão de gênero não deve ser um fator impeditivo. Porém, ao querer ter
respeitado o direito de disputar competições esportivas em categorias femininas
com mulheres, as mulheres trans acabam criando um desequilíbrio que elimina
a igualdade de condições nas competições, fazendo com que os fatores biológicos
se tornem mais decisivos que o talento e a técnica.
Pode-se
argumentar muito, mas a meu ver é óbvio que as mulheres trans, por mais
tratamentos hormonais e cirurgias cosméticas que façam, continuam sendo
biologicamente homens. Não existe maneira conhecida de se alterar o par de
cromossomos XY e transformá-lo em XX.
Além disso,
não se pode resumir o assunto a questões hormonais, como querem alguns. A
questão biológica é complexa, pois o corpo humano é construído a partir das
informações contidas no DNA. Os cromossomos XY ativarão os códigos genéticos
contidos no DNA para que um corpo masculino seja construído. Isso envolve a
estrutura óssea, a musculatura, o sistema cardiorrespiratório, entre outros
aspectos do corpo, que são todos desenvolvidos em função do gênero biológico. E
não há tratamento conhecido que consiga refazer tudo isso para que uma pessoa
possa mudar completamente de gênero. O fator psicológico é maior que os
aspectos biológicos e acaba se impondo.
Com isso,
as mulheres trans desfrutam de um corpo masculino que passou por uma alteração
hormonal e cirurgias que resultam apenas em um aspecto cosmético, externo, que
não muda fatores biológicos. Por mais que o homem se sinta mulher, ele nunca
poderá ser igualado a uma mulher.
Desta
forma, mulheres trans sempre levarão vantagem sobre as mulheres. O
que é, em minha opinião, um gigantesco desrespeito para com as mulheres. Vale
lembrar que não importa o quão talentosa seja, o quanto treine e se prepare,
uma mulher sempre estará em desvantagem quando competir com uma
mulher trans.
Da mesma
forma que homens e mulheres disputam os esportes em categorias separadas, que
respeitam as diferenças naturais entre os gêneros, acredito que a melhor
maneira de resolver a situação de maneira justa seria com os homens trans e
mulheres trans passando a disputar em categorias distintas das de homens e
mulheres.
Só assim,
todos terão os seus direitos esportivos respeitados, e a técnica e o talento serão
novamente os fatores decisivos. Como enfatizei, as mulheres trans têm o direito
de buscar o seu espaço nos esportes, mas este espaço não pode ser conquistado à
custa dos direitos das mulheres.
Neste Dia
Internacional da Mulher quero deixar registrada aqui a minha admiração e o meu
respeito a todas as mulheres que, mesmo diante desta situação
bizarra, não abandonaram os seus sonhos e as suas metas, e continuam a treinar
e a dar o melhor de si por suas carreiras, seja nos campos, nas quadras, nos
ringues, nas pistas ou onde quer que haja mulheres competindo. E o
meu repúdio a todos aqueles que querem impor essa injustiça às mulheres.
Todo o
respeito às mulheres trans, mas não posso assistir a tudo isso sem me
manifestar. Que medidas sejam tomadas para que haja competição justa e respeito
a todos.
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