A arbitragem do futebol brasileiro é uma vergonha!
Começo este
artigo com um aviso aos leitores: eu sou politicamente incorreto, odeio
lacração e mimimi.
Dito isso,
vamos aos fatos. Conforme amplamente divulgado pela imprensa esportiva, a
partida ocorrida ontem (2) entre o Sergipe e o Botafogo, no estádio Batistão, em
Aracaju, válida pela primeira fase da Copa do Brasil, terminou empatada em 1 a
1 e, segundo as regras da competição, a
classificação para a próxima fase ficou com o Botafogo.
Teria sido
apenas mais uma partida comum se o gol que deu a classificação ao Botafogo não
tivesse ocorrido após os 54 minutos e 40 segundos da etapa final, muito além do
tempo estipulado pelo árbitro para os acréscimos, que inicialmente foi de 8
minutos.
Diante do ocorrido, após o apito final o presidente do Sergipe, Ernan Sena, agrediu com socos o árbitro Bráulio da Silva Machado. Um dos auxiliares de campo agrediu o dirigente com uma bandeirada e a confusão se espalhou, sobrando até para o técnico do Botafogo, Luís Castro, que não foi agredido por pouco e precisou ser escoltado por seguranças para sair de campo.
Acredito
que os fatos mencionados já sejam de conhecimento geral, por isso não vou me
estender citando o ocorrido. Gostaria de ater a minha análise aos motivos que
levaram ao lamentável desfecho.
Digo
lamentável, pois entendo perfeitamente o que é ser injustiçado sem ter a quem
recorrer. Há momentos nos quais, diante de uma injustiça, não conseguimos agir
de forma fria e racional, principalmente quando esta injustiça vem daqueles que
deveriam agir para que as partidas de futebol ocorressem dentro das regras
estipuladas. É lamentável quando as coisas não ocorrem como deveriam. Vale lembrar que tais regras existem para
proporcionar um ambiente onde os atletas possam competir de forma justa.
E é este o
ponto que tem ficado fora dos gramados Brasil afora, e não é de hoje. Faz tempo
que o futebol deixou de ser justo. Que atire a primeira pedra o torcedor cujo
time nunca foi prejudicado por uma falha de arbitragem! Nós palmeirenses somos
recordistas em prejuízos causados pela arbitragem! Vide a edição passada da
própria Copa do Brasil.
E digo que
não há a quem recorrer porque sabemos que o máximo que pode acontecer é
emitirem um pedido de desculpas. O prejuízo esportivo e financeiro permanece.
Longe de
mim querer incitar ou apoiar qualquer forma de violência. O que quero que fique
claro aqui é que entendo os motivos que levaram o dirigente do Sergipe a agir
com violência. Certamente ele terá que prestar contas à Justiça, afinal as leis
devem ser cumpridas por todos e nada justifica que as ignoremos. O dirigente
errou e pagará pelo seu erro. Poderia ter seguido o exemplo do Abel Ferreira,
que destina toda a sua fúria contra copos d’água, garrafas de isotônicos ou
microfones, mas jamais à pessoa do árbitro.
E a
arbitragem, quando os árbitros começarão a responder por suas atuações em
campo? E convenhamos, a atuação do árbitro Bráulio da Silva Machado foi, no
mínimo, suspeita.
As regras
aplicadas ao futebol também precisam ser observadas por todos, principalmente
por aqueles que são contratados e pagos para fazê-las cumprir em campo. Há
tempos que o futebol brasileiro sofre com uma arbitragem que beira o
amadorismo, mesmo nas partidas dos times da elite do futebol nacional.
Ficam as
perguntas: por que a arbitragem age dessa maneira? Seria amadorismo, no que
incluo falta de treinamento e preparo? Seria má-fé ou simplesmente falta de
caráter? Diante de tudo o que tenho visto ao longo de quase meio século de
vida, posso sugerir que a resposta seja a soma de tudo isso.
A
arbitragem brasileira é amadora, mal preparada, sem profissionalismo, integrada
por pessoas que claramente agem de má-fé em determinadas situações e se mostram
possuidoras de um caráter duvidoso, pois parecem favorecer sempre os mesmos
escolhidos, como se tudo já estivesse armado nos bastidores, eliminando assim a
verdadeira competição e a substituindo por um teatro midiático.
As grandes
prejudicadas são as equipes pequenas, aquelas que dispõem de menos recursos e
que, por isso, não despertam o interesse da mídia e de grandes patrocinadores.
O resultado
acaba sendo as cenas lamentáveis de ontem, mas que estão longe de acabarem,
pois as injustiças e a aparente manipulação promovida pela arbitragem
certamente prosseguirão. Afinal, depois do erro grotesco cometido pela
arbitragem e que resultou na eliminação do Palmeiras na Copa do Brasil do ano
passado, o mínimo que pessoas decentes esperariam é que providências drásticas
fossem tomadas para que a arbitragem mostrasse o mínimo de evolução em termos
de qualidade.
Todo o
futebol brasileiro perde muito com isso, perdem os clubes, perdem os jogadores,
perdem os pequenos anunciantes e, principalmente, perdem os torcedores, que deixam
de desfrutar de uma competição sadia onde os melhores em campo de fato saem
vencedores.
Quantas
outras cenas como esta teremos que testemunhar até que providências sérias
sejam tomadas pelas entidades competentes? Quando é que o futebol brasileiro
será valorizado como merece? Quando o
nosso futebol terá, de fato, uma arbitragem profissional?
Estas são
perguntas que precisam ser respondidas com urgência. Mas mais que simples
respostas em memorandos que ficarão perdidos no fundo de gavetas, precisamos que
estes problemas sejam encarados com seriedade e com atitudes concretas para a
sua solução.
Afinal, o
futebol brasileiro e nós, torcedores, merecemos.
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