Opinião de um Palmeirense! 126: Athletico-PR x Palmeiras – Libertadores 2022
Athletico-PR x Palmeiras – Libertadores 2022
Semifinal – Jogo de Ida
Pré-Jogo
Quando surge, porcada!!
Aqui estamos nós para mais uma
resenha sobre o nosso Palmeiras! Gostaria de agradecer a todos que têm
acompanhado o meu trabalho!
Hoje estamos com a chave virada e
nosso foco está na partida de ida da semifinal da Libertadores. O elenco
alviverde está em Curitiba para enfrentar a equipe do Athletico-PR, na Arena da
Baixada, dando início à decisão por uma vaga na final da competição
continental.
Vindo do empate em 1×1 com o
Fluminense em partida da 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Verdão entra em
campo para a sua 10ª semifinal da Libertadores como detentor de vários recordes
e números expressivos na competição: o Palmeiras pode se isolar como dono da
maior série invicta da história da Libertadores. Atualmente, o Verdão acumula
18 partidas sem derrota no torneio, mesma marca alcançada pelo Atlético-MG
entre 2019 e 2022. O último revés aconteceu há mais de 15 meses, no dia 18 de
maio de 2021, contra o Defensa y Justicia-ARG, por 4 a 3, no Allianz Parque.
O Palmeiras já atingiu em 2022 o seu
recorde de gols marcados em uma única edição de Libertadores, com 35 bolas na
rede, superando as 33 de 2020. Em termos defensivos, o desempenho atual também
é recorde: cinco gols sofridos, marca registrada apenas em 1961 (seis jogos),
1974 (seis jogos) e 2019 (dez jogos).
Outro recorde geral que já pertence
ao Palmeiras e pode ser ampliado é o de invencibilidade longe de casa na
Libertadores. Diante do Atlético-MG, em Belo Horizonte (MG), na partida de ida
das quartas de final de 2022, o Verdão ampliou para 20 jogos a sequência sem
derrota como visitante (14 vitórias e seis empates). Fora de casa, são 22 jogos
no total, somando as vitórias nas finais de 2020 e 2021, respectivamente contra
Santos e Flamengo, em campo neutro.
Além do vigente recorde de
invencibilidade como visitante, o Palmeiras é o recordista geral de
invencibilidade como mandante (34 jogos consecutivos entre 1979 a 2005), de
vitórias em sequência (nove, entre 2021 a 2022) e o dono da melhor campanha em
uma fase de grupos da Libertadores (100% de aproveitamento e 25 gols marcados
em 2022).
Entre os clubes brasileiros, o
Palmeiras domina as principais estatísticas da história da Libertadores: mais
vezes campeão (três títulos), mais finais disputadas (seis), mais edições
disputadas (22), mais edições disputadas consecutivamente (7), mais jogos
(220), mais vitórias (125), mais vitórias como mandante (75), mais vitórias
como visitante (48), mais vitórias fora do Brasil (44), mais gols (427), mais
gols como mandante (251), mais gols como visitante (173) e mais gols fora do
Brasil (145).
Retrospecto
Campeão da CONMEBOL Recopa 2022 em
cima do Athletico-PR, o Palmeiras jamais enfrentou o rival paranaense pela
Libertadores. Apesar disso, os clubes já mediram forças cinco vezes em torneios
eliminatórios, com quatro triunfos do Verdão.
Sem perder para o Athletico-PR há
cinco partidas como visitante (duas vitórias e três empates), o Palmeiras
ostenta retrospecto favorável diante do rival em território paranaense:
considerando todos os estádios em que já se enfrentaram no Paraná (Arena da
Baixada, Couto Pereira, Pinheirão e Durival Britto e Silva), são 34 jogos, com
12 vitórias do Verdão, 14 empates, 8 derrotas, 45 gols marcados e 44 gols
sofridos.
O Maior Campeão do Brasil acumula
retrospecto positivo em confrontos realizados na cidade de Curitiba (PR): são
80 jogos no total, com 27 vitórias, 27 empates, 26 derrotas, 107 gols marcados
e 115 gols sofridos. Além do Athletico-PR, o Palmeiras já enfrentou no local
Coritiba, Ferroviário-PR, Paraná Clube e Seleção Coritiba/Athletico-PR.
Comandante do primeiro título de
Libertadores do Palmeiras, em 1999, além de ser o treinador com mais jogos (43)
e vitórias (23) pelo clube no torneio internacional, Luiz Felipe Scolari se
tornará, de forma isolada, o técnico que mais enfrentou o Verdão na história da
competição. Ao todo, Felipão encarou o Palmeiras em seis oportunidades: quatro
vezes pelo Grêmio em 1995 (dois jogos pela fase de grupos e dois pelas quartas de
final) e outras duas pelo Cruzeiro em 2001 (quartas de final). A equipe
palestrina somou duas vitórias, três empates e uma derrota.
Preparação
Após enfrentar o Fluminense no último
sábado (27) no Maracanã, o elenco retornou em seguida para São Paulo, onde
chegou por volta de 0:30. Alguns jogadores dormiram na Academia de Futebol e o
elenco se reapresentou já na manhã do domingo (28) para dar início à preparação
para esta importante partida.
Os titulares na capital carioca
fizeram trabalhos regenerativos na parte interna do Centro de Excelência. O
restante foi a campo e realizou trabalhos técnicos sob o comando da comissão do
Professor Abel Ferreira.
Os jogadores Eduard Atuesta e Flaco López (D), da SE Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol. (Foto: Cesar Greco) |
Na segunda-feira (29) o elenco
prosseguiu com a sua preparação na Academia de Futebol. O Professor Abel Ferreira
e sua comissão técnica comandaram atividades táticas na maior parte do tempo.
Com todo o elenco à disposição para a
partida, o treinador português distribuiu os atletas em suas posições no
gramado e orientou as movimentações táticas ofensivas e defensivas para o
confronto na capital paranaense. Em seguida, os jogadores participaram de um
recreativo e alguns ensaiaram bolas paradas ao final.
Os jogadores Joaquín Piquerez e Gustavo Scarpa (D), da SE Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol. (Foto: Cesar Greco) |
Escalação
Pendurados: não
há;
Suspensos: Danilo
e Gustavo Scarpa (cartão vermelho);
Outros desfalques: Jailson
(lesão no joelho direito);
O Palmeiras chegou em Curitiba com os
seguintes jogadores relacionados:
Goleiros: Weverton,
Marcelo Lomba e Vinicius Silvestre;
Laterais: Marcos
Rocha, Mayke, Piquerez, Jorge e Vanderlan;
Zagueiros: Gustavo
Gómez, Murilo, Luan e Kuscevic;
Meio-campistas: Gabriel Menino, Zé Rafael, Atuesta, Raphael
Veiga, Bruno Tabata;
Atacantes: Rony,
Dudu, López, Wesley, Merentiel;
Ao analisar os nomes, chama a atenção
a ausência de Navarro e Breno Lopes entre os relacionados. Com as ausências de
Scarpa e Danilo, a grande dúvida que nós torcedores temos é em relação à nossa
formação de ataque. Uns creem que Wesley entrará como titular enquanto outros
acreditam que Flaco López deverá ter lugar como titular. Eu estou entre aqueles
que preferem López como titular e também gostaria que nossos laterais fossem
substituídos por Mayke e Vanderlan, para dar mais velocidade e evitar que os
adversários foquem demais em Marcos Rocha.
Na minha opinião o Palmeiras deveria
entrar em campo com a seguinte escalação: Weverton; Mayke, Gustavo Gómez,
Murilo e Vanderlan; Gabriel Menino, Raphael Veiga e Zé Rafael; Dudu, Flaco
López e Rony.
*Pré-jogo concluído em 30/08/2022 às
16:30.
*Escalação confirmada às 20:30.
Escalação confirmada: Weverton;
Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Gabriel Menino, Raphael Veiga e
Zé Rafael; Dudu, López e Rony. Formação tática inicial 4-2-3-1. Estranhei que
Navarro constasse da lista de reservas, pois não apareceu entre os relacionados
mas deve ter sido um erro na hora de compilarem a lista, pois ao conferir
percebi que tinha apenas 22 nomes e não os 23 que deveria ter.
O Jogo
O jogo começou com ambas as equipes
adotando uma postura ofensiva e o Furacão de Felipão não mostrou a sua postura
habitual, se mostrando mais agressivo no ataque. Apesar disso, nos momentos
iniciais o Verdão teve leve vantagem. Nossa primeira chegada no ataque ocorreu
aos 5 minutos após erro na saída de bola do Athletico, com a bola ficando com
Dudu, que deu passe na área para López finalizar, mas a bola saiu pela linha de
fundo!
Apenas dois minutos depois Piquerez
tentou acionar Rony pela esquerda mas o Furacão acabou ficando com a bola. Aos
10 minutos, boa chance para o Verdão após Gabriel Menino afastar bola cruzada
na área alviverde dando oportunidade de contra-ataque para Zé Rafael, que fez
bom lançamento para Dudu mas a zaga adversária conseguiu fazer o desarme.
Aos 21 minutos, após falha da zaga
alviverde o Furacão chegou ao nosso gol e abriu o placar na Arena da Baixada.
Furacão 1×0 Porco.
Ao contrário do que normalmente
acontecia, após o gol o Furacão não se fechou e continuou pressionando no
ataque. O Verdão seguiu buscando criar jogadas no ataque e aos 27 minutos, após
troca de passes no campo de ataque, Dudu acionou Piquerez pela esquerda mas a
zaga conseguiu afastar sem dificuldades.
No minuto seguinte Dudu tentou jogada
pela direita mas foi desarmado por Abner. Apesar de estar com maior posse de
bola, o Verdão não conseguia traduzir isso em jogadas no ataque. O adversário
conseguia desarmar e anular facilmente as tentativas alviverdes, ao mesmo tempo
que atacava com a mesma facilidade.
Aos 42 minutos Gabriel Menino seguiu
em velocidade para a área do Furacão e tocou para o Rony, que cruzou para López
finalizar de cabeça mas mandar a bola pra fora! Após 1 minuto de acréscimo,
terminou o primeiro tempo na Arena da Baixada, em Curitiba. Placar parcial:
Athletico-PR 1×0 Palmeiras.
Foi um primeiro tempo onde apesar do
volume de jogo, o Verdão deixou muito a desejar em termos de qualidade técnica
e tática. Apesar do Verdão ter entrado em campo com o esquema que eu gostaria
de ver, visivelmente não deu certo, muito por conta da falta de entrosamento
dos jogadores para jogar neste tipo de esquema, com um centroavante. E por
falar em centroavante, Flaco López teve um desempenho ridículo em campo, se
mostrando nervoso, errando jogadas simples e parecendo não acompanhar o
raciocínio tático da equipe. Nossa zaga também cometeu erros grosseiros e foi
num desses erros que o Furacão chegou ao nosso gol. O time precisaria de uma
mudança radical de mentalidade para reverter o resultado no segundo tempo.
Voltamos para a segunda etapa sem
alterações no time. Já aos 3 minutos de jogo o Verdão chegava no ataque, com o
Gabriel Menino arriscando de longe e a bola passando raspando a trave do gol de
Bento. Aos 4 minutos, após dividida com Hugo Moura, Veiga sente o tornozelo e
volta mancando para o gramado, preocupando a torcida alviverde e obrigando o
Professor Abel Ferreira a fazer a nossa primeira substituição, que ocorreu aos
6 minutos, com o Veiga sendo substituído por Bruno Tabata.
Aos 9 minutos Dudu tentou jogada com
bola aérea mas a zaga conseguiu fazer o corte. Na sequência Rony disputa a bola
no campo de ataque com Canobbio e leva vantagem, com o adversário metendo a mão
na bola, dando uma boa oportunidade de bola parada para o Verdão. Gabriel
Menino fez a cobrança tentando mandar a bola na área mas ela explodiu na
barreira e saiu pela linha de fundo.
O Verdão seguia buscando o empate e
com isso em mente, aos 18 minutos o Professor fez nova substituição com a
entrada de Wesley em substituição a Flaco López. Aos 22 minutos Hugo Moura
parou um contra-ataque alviverde com falta e acabou amarelado pelo árbitro.
Como já tinha cartão amarelo, acabou expulso de campo, deixando o Furacão com
um jogador a menos e dando a chance para o Verdão empatar.
Aos 31 minutos Rony desviou de
calcanhar após cruzamento na área e quase empatou a partida! Aos 38 Minutos o
Professor fez as nossas últimas substituições, com Navarro, Atuesta e Mayke
entrando em substituição a Rony, Zé Rafael e Marcos Rocha.
O Verdão seguiu buscando o empate mas
o Furacão foi eficiente em fazer uma marcação fechada, dificultando muito a
chegada do Verdão no ataque. Apesar das tentativas, após 8 minutos de
acréscimos a partida terminou na Arena da Baixada com a vitória do Furacão.
Placar final: Athletico-PR 1×0 Palmeiras.
Fim de jogo: Athletico-PR 1x0 Palmeiras.#AvantiPalestra #CAPxPAL#AlmaECoração
— SE Palmeiras (@Palmeiras) August 31, 2022
Infelizmente o desempenho do
Palmeiras em campo deixou muito a desejar. O time que sempre se mostrou
copeiro, apresentando uma mentalidade e um desempenho distintos em jogos da
Libertadores, se mostrou apático, com os jogadores atuando de forma confusa,
faltando atenção, atuando como se fosse uma partida qualquer e não uma partida
de semifinal.
Nossa zaga, que sempre teve boa
atuação e era um dos nossos pontos fortes, falhou de forma grosseira, com o
xerifão Gómez quase marcando contra e com o Murilo falhando e dando a
oportunidade para o Furacão abrir o placar.
Apesar do Gabriel Menino até jogar
razoavelmente bem, não foi o suficiente para que o nosso meio-campo
funcionasse. Tabata também fez uma boa partida. Flaco López fez uma péssima
partida, parecendo nervoso e aparentando sentir o peso da responsabilidade de
jogar esta partida. A falta de sequência de jogos pesou e ficou evidente que o
time não sabe jogar com a presença de um centroavante. Danilo e Gustavo Scarpa
fizeram muita falta e agora temos a possível ausência de Veiga no jogo de
volta, onde teremos que vencer por um gol de diferença para passarmos à final.
Já tem algum tempo que nosso elenco
está deixando a desejar. Eu esperava que o time mostrasse outra postura e outra
atitude nesta partida mas infelizmente não vi em campo aquele Palmeiras que me
acostumei a ver em jogos da Libertadores.
Hoje não há nada para comemorar.
Temos que analisar os erros e trabalhar duro para que na próxima partida
possamos ter um desempenho melhor. O que me incomoda não é a derrota em si, que
faz parte da vida de quem se dispõe a competir, mas a maneira como ela
aconteceu.
Agora temos que virar a chave e
voltar as nossas atenções novamente para o Campeonato Brasileiro. No próximo
sábado (3) enfrentaremos o Red Bull Bragantino, em Bragança Paulista, na
partida válida pela 25ª rodada da competição.
Até lá e #AvantiPalestra!!!
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